A CAMISINHA

Vou evitar um discurso aqui que você já deve estar cansado de escutar e já deve colocar em prática [ou deveria] e vou contar logo a situação.

Tem coisas que acontecem, quando se trata de sexo, que em embora chato, ainda são toleráveis. Por exemplo, broxar. Pô, chato prá mim, constangedor para ele, mas no final a gente perdoa. Ainda manda um 'essas coisas acontecem'! Tanto acontecem que... olha ali, né.

Agora, se tem uma coisa que me deixa fula é a tal da camisinha. Melhor, a inexistência dela. Deixa eu me explicar contando o ocorrido.

Combinamos com antecedência. Passaríamos a tarde juntos, na casa dele e não só assistindo filme. Claro! Não estávamos namorando, estávamos 'coisa parecida'. Já tínhamos conversado, conhecido todos os animais de estimação. Agora era a hora. Lá pelas tantas, depois de tudo estar exatamente como deveria, ele me olha e diz: 'acabou a camisinha'.

Sabe aquele momento em que você se desliga do mundo mesmo estando na situação mais estranha? Foi o que eu ocorreu. . É para evitar esse tipo de coisa que eu procuro fazer as coisas com antecedência. Não era um imprevisto. Aliás, era tudo muito previsível: um homem, uma mulher, um quarto. Por que diabos ele tinha só duas camisinhas? Estava tentado não ficar mais aborrecida com a coisa toda.

Sexo interrompido, depois de tudo pronto (se é que você me entende), por conta de algo que ele não imaginou: precisaríamos de camisinhas aquela tarde. Tudo mudou, acima de tudo, meu humor!